domingo, 12 de setembro de 2010

Apaixonadamente só

Nunca em minha curta vida de 16 anos eu imaginei que viveria algo que faria parte de mim para sempre. E a sensação que tenho desse amor, desse sentimento que não permite encontro, que não mais permite qualquer demonstração física, real, a sensação desse sentimento é que durará até quando eu não mais quiser que dure. Não tem explicação lógica e ao mesmo tempo acontece com a simplicidade de um sorriso ou um choro. Sou reincidente. Meu crime não é de 1° grau.

Não é todo dia que o sinto consumir minhas carnes, meu coração, mas todo dia está ali mesmo que deixado de lado. E eu nunca pensei que isso iria me acontecer: amar eternamente e não ter o objeto amado.


Hoje acordei mais apaixonada e entendi que a gente se acostuma a viver sem, que a gente acostuma a amar sem ter amor de volta. Já entendi que haverá dias em que não vai significar nada a não ser um nome, e que haverá dias em que ele habitará a minha alma. E por mais que nos dias em que me é indiferente eu diga sem interrupções que não mais o sinto, que não mais o amo, que não mais há ele em mim, no fundo eu sei que é mais uma forma de me convencer que é melhor esquecê-lo.

E sendo para sempre, sigo assim apaixonada e só, apaixonadamente só.

Aline Netto - Devaneios da Madrugada

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