Diversas
vezes eu parei pra pensar e refletir sobre tais pessoas. “Tais” não por
deboche, e sim porque, “quem são, afinal?” “o que querem mostrar para as
pessoas?”. De tanto me perguntar, e me preocupar com a forma que eu tratava
meus amigos, eu vi que trato do jeito que me dou com as coisas ao meu redor,
trato de acordo com meu pensamento de justiça nas coisas. Sinceridade. É mais
ou menos isso.
E
estas pessoas? Essas tais? Elas eu já não sei. Não julgo de forma alguma
qualquer pensamento diferente do meu, em relação à boa conduta. Mas andei
percebendo que não sou “boa” o suficiente para suportar certos conceitos de
amizade. Ou essa galera não sabe mais o que é cultivar amizades, ou eu estou
muito equivocada.
Tenho
amigas de anos, amigas estas que já briguei; já talvez tenha me decepcionado um
pouco, mas que algo falou mais forte e prevaleceu a nossa conduta; que já me
distanciei. Mas que sempre voltaram, sempre houve um reencontro. Uma amizade
que as vezes parece enfraquecida, fria, distante. Mas que quando se renova, é
calor, paixão, dengo. São pessoas que eu conheci e me apeguei. E o tempo dirá o
quão boas ainda podemos ser umas pras outras e o quanto somos fortes de levar
essa amizade. Isso pra mim é criar uma amizade. Um vínculo.
Ás
vezes padeço nesse quesito, por pensar que amizade é ta junto pra tudo, e com
todos. Em qualquer lugar, é aquela; é aquele; são esses. É nesse final de
semana, e no outro, e assim vai, sem contar, sem querer saber, sem fazer idéia
do tempo que se passa junto. Porque é prazeroso, é gostoso, e quanto melhor,
mas divertido fica. Se você não sabe administrar suas mil e uma amizades, não as
faça, simples.
Pra
muita gente é difícil reconhecer seus amigos, e ás vezes por um sentimento de
sei lá o que, que se passa na mente destas pessoas... Depois de reconhecerem
que elas não são suas amigas, depois delas demonstrarem o quão não merecem o
seu apego. Permanecem a serem chamadas de amigas. Eu não sei conviver com isso,
desculpa! Aliás, até sei, mas existe um limite para isso. Como para todas as
coisas nesta vida.
Eu
não corto meus amigos, eu os divido. Eu os separo justamente pra poder estar
sempre prestando a minha atenção e carinho, meu humor e meus momentos a todos.
Partes da minha vida. Quero sempre fazer parte mesmo que de longe, mesmo que não
tão presente. E quero que façam parte da minha vida também. Eu nunca esqueço nenhum.
O que cada um fez por mim, e muito menos o que eu fiz por cada um, e nunca fui
retribuída com a mesma intensidade. Eu também não me esqueço daqueles que nunca
fizeram nada e sempre com um sorrisinho malandro achavam que estavam passando
batidos. Como meus amigos.
Eu
divido meus amigos, pra saber onde encontrá-los. Os amigos de fé, que nem
sempre estão juntos de você... Distantes por cidade, distantes por outros
relacionamentos, por outras amizades, por familiares, por compromissos, por
eventualidades, por estudos, por escolha de profissões, por gostos incompatíveis
(musicais, de ambientes, e etc) e assim vai. Mas isso jamais desfaz qualquer
amizade, pelo contrário, é aí que se vê o quão somos pessoas libertas de
preconceitos, o quanto nos abrimos pro mundo e pras coisas que estes mundos em
formas de pessoas têm pra nos oferecer de bom. Amizades de verdade. Porque em
mente e alma fica tudo como sempre foi. Em coração, o amor esta ali, intacto. Eu
nunca gostei de encontrar meus amigos por acaso. Colegas a gente encontra por
acaso, mas amigos não. Amigos a gente quase sempre sabe onde encontrar, onde vai
estar. Liga; procura saber. Quer realmente saber!
As
pessoas hoje em dia confundem muito um pequeno conceito de amizade. O interesse.
Há duas formas de trabalhar esse conceito; essa palavra. Existe o interesse no
amigo e o interesse na amizade desse amigo. O primeiro é o interesse no seu
lado bom dos relacionamentos, interesse
de saber como está um amigo; de cuidar, de saber da vida dele; procurar por
ele; interesse em se meter, defender, e acalmar um amigo.
E
há o segundo, que é o interesse no que aquela amizade daquele amigo pode
proporcionar em longo prazo, ou até mesmo em curto. Nos valore$, nos
lucro$, nos avanço$. Apenas nas coisas boas que se poderá aproveitar junto daquele
“amigo”.
E
é por isso que se requer muito cuidado! Pois amigos como no segundo exemplo, não
fazem amizades, eles as escolhem. Escolhem vítimas, não pessoas. Procuram benefícios
para si, e não para ambos.
Eu
não sabia, mas aprendi a cultivar minhas amizades... E é preciso realmente aprender
a fazer isto.
Existem
também aquelas em qual só o tempo faz voltar, só Deus pode interferir. As mais
valiosas das amizades... Ouvi dizer. Aquelas “destruídas” pela inveja, pela
fofoca, pelo fuzuê dos outros que ás vezes pega mesmo, e só Deus pra acudir. Mas
paciência, creio que, antigos brinquedos um dia serão lembrados e procurados;
relembrar; voltar no tempo. E o tempo é um enigma, não tem hora, lugar, estado,
nem corpo, nem alma, nem mente, e muito menos coração. Ele vai e sabe se lá
quando vai voltar para dar o ar da graça, seja ela boa ou ruim. E o que nos
resta sempre é esperar... Esperar o tempo, e as oportunidades, ou de
consertamos estas amizades ou ir fazendo outras.