sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Amigos ou Amigo$ ?


Diversas vezes eu parei pra pensar e refletir sobre tais pessoas. “Tais” não por deboche, e sim porque, “quem são, afinal?” “o que querem mostrar para as pessoas?”. De tanto me perguntar, e me preocupar com a forma que eu tratava meus amigos, eu vi que trato do jeito que me dou com as coisas ao meu redor, trato de acordo com meu pensamento de justiça nas coisas. Sinceridade. É mais ou menos isso.

E estas pessoas? Essas tais? Elas eu já não sei. Não julgo de forma alguma qualquer pensamento diferente do meu, em relação à boa conduta. Mas andei percebendo que não sou “boa” o suficiente para suportar certos conceitos de amizade. Ou essa galera não sabe mais o que é cultivar amizades, ou eu estou muito equivocada.

Tenho amigas de anos, amigas estas que já briguei; já talvez tenha me decepcionado um pouco, mas que algo falou mais forte e prevaleceu a nossa conduta; que já me distanciei. Mas que sempre voltaram, sempre houve um reencontro. Uma amizade que as vezes parece enfraquecida, fria, distante. Mas que quando se renova, é calor, paixão, dengo. São pessoas que eu conheci e me apeguei. E o tempo dirá o quão boas ainda podemos ser umas pras outras e o quanto somos fortes de levar essa amizade. Isso pra mim é criar uma amizade. Um vínculo.

Ás vezes padeço nesse quesito, por pensar que amizade é ta junto pra tudo, e com todos. Em qualquer lugar, é aquela; é aquele; são esses. É nesse final de semana, e no outro, e assim vai, sem contar, sem querer saber, sem fazer idéia do tempo que se passa junto. Porque é prazeroso, é gostoso, e quanto melhor, mas divertido fica. Se você não sabe administrar suas mil e uma amizades, não as faça, simples.

Pra muita gente é difícil reconhecer seus amigos, e ás vezes por um sentimento de sei lá o que, que se passa na mente destas pessoas... Depois de reconhecerem que elas não são suas amigas, depois delas demonstrarem o quão não merecem o seu apego. Permanecem a serem chamadas de amigas. Eu não sei conviver com isso, desculpa! Aliás, até sei, mas existe um limite para isso. Como para todas as coisas nesta vida.

Eu não corto meus amigos, eu os divido. Eu os separo justamente pra poder estar sempre prestando a minha atenção e carinho, meu humor e meus momentos a todos. Partes da minha vida. Quero sempre fazer parte mesmo que de longe, mesmo que não tão presente. E quero que façam parte da minha vida também. Eu nunca esqueço nenhum. O que cada um fez por mim, e muito menos o que eu fiz por cada um, e nunca fui retribuída com a mesma intensidade. Eu também não me esqueço daqueles que nunca fizeram nada e sempre com um sorrisinho malandro achavam que estavam passando batidos. Como meus amigos.

Eu divido meus amigos, pra saber onde encontrá-los. Os amigos de fé, que nem sempre estão juntos de você... Distantes por cidade, distantes por outros relacionamentos, por outras amizades, por familiares, por compromissos, por eventualidades, por estudos, por escolha de profissões, por gostos incompatíveis (musicais, de ambientes, e etc) e assim vai. Mas isso jamais desfaz qualquer amizade, pelo contrário, é aí que se vê o quão somos pessoas libertas de preconceitos, o quanto nos abrimos pro mundo e pras coisas que estes mundos em formas de pessoas têm pra nos oferecer de bom. Amizades de verdade. Porque em mente e alma fica tudo como sempre foi. Em coração, o amor esta ali, intacto. Eu nunca gostei de encontrar meus amigos por acaso. Colegas a gente encontra por acaso, mas amigos não. Amigos a gente quase sempre sabe onde encontrar, onde vai estar. Liga; procura saber. Quer realmente saber!

As pessoas hoje em dia confundem muito um pequeno conceito de amizade. O interesse. Há duas formas de trabalhar esse conceito; essa palavra. Existe o interesse no amigo e o interesse na amizade desse amigo. O primeiro é o interesse no seu lado bom dos relacionamentos, interesse de saber como está um amigo; de cuidar, de saber da vida dele; procurar por ele; interesse em se meter, defender, e acalmar um amigo.

E há o segundo, que é o interesse no que aquela amizade daquele amigo pode proporcionar em longo prazo, ou até mesmo em curto. Nos valore$, nos lucro$, nos avanço$. Apenas nas coisas boas que se poderá aproveitar junto daquele “amigo”.


E é por isso que se requer muito cuidado! Pois amigos como no segundo exemplo, não fazem amizades, eles as escolhem. Escolhem vítimas, não pessoas. Procuram benefícios para si, e não para ambos.

Eu não sabia, mas aprendi a cultivar minhas amizades... E é preciso realmente aprender a fazer isto.

Existem também aquelas em qual só o tempo faz voltar, só Deus pode interferir. As mais valiosas das amizades... Ouvi dizer. Aquelas “destruídas” pela inveja, pela fofoca, pelo fuzuê dos outros que ás vezes pega mesmo, e só Deus pra acudir. Mas paciência, creio que, antigos brinquedos um dia serão lembrados e procurados; relembrar; voltar no tempo. E o tempo é um enigma, não tem hora, lugar, estado, nem corpo, nem alma, nem mente, e muito menos coração. Ele vai e sabe se lá quando vai voltar para dar o ar da graça, seja ela boa ou ruim. E o que nos resta sempre é esperar... Esperar o tempo, e as oportunidades, ou de consertamos estas amizades ou ir fazendo outras.



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