segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Gosto do teu sorriso e gosto do meu jeito de interpretar cada um deles. O sonolento, o carinhoso, o aflito e o faminto. Gosto quando você me olha e eu entendo seu olhar. Quando você diz sem palavras, quando você age sem braços, sem mãos, quando me toca com sua vontade, só pelo olhar. Quando me faz sentir a mulher mais gostosa de todas, a mais desejada de todas, a mais bem devorada de todas. Isso.

Ando com saudade de ser tua como só você sabe, como só eu sei, como só a gente sabe...
E nossa história é meio do avesso.
Teve um meio, depois um começo e já teve vários "fins". A gente vive se perdendo em brigas tão sem nexo e depois se achando em reconciliações que pertubariam a ordem de Roma. Gosto quando você se incomoda com meu silêncio e diz: "Que foi? Não fica quieta não...", teu jeito de perguntar se tomei meu antialérgico, se coloquei uma blusa, se parei com a bebida. E que você não use isso como álibi, mas adoro quando perde a paciência comigo, quando fica nervoso, quando se irrita, adoro só pra te ver lutando contra a vontade de me puxar e me beijar, de se entregar, de mostrar que a gente não nasceu pra ficar com raiva um do outro, que a gente nasceu pra se consumir. E quando você chegou, trouxe junto na bagagem algo tão intenso que cegou o passado, ele pouco importa, tudo que veio antes ficou lá, no antes...
A gente pode passar pela amargura de forma doce e sublime. Se a gente tiver a gente. O resto é supérfluo. Provamos que podemos tudo, quando provamos que podemos ser tão um, sendo tão dois. E adoro quando ocorre a unificação. Tão eu, tão sua!

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