quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pusilanimidade

Pusilanimidade. É isso. Muita. Estou tremendo na base do meu órgão torácico. Eu fiz a merda, e não satisfeita pisei nela e saí pisoteando todos os cantos da casa. Meu mau comportamento está me corroendo. Como você mesmo disse rindo pra mim ao telefone, eu fui “malcriada”, “levada” e “braba”. Tudo bem. Desde pequena eu sempre tive essas “qualidades” mesmo. Mas com você eu não poderia. Eu não devia. Está errado, e eu estou ciente disso.

Só não me recordo de na minha infância achar tudo isso errado. E desde então sigo achando certo. Mas claro com as pessoas e ocasiões corretas. Dessa vez eu me perdi, e perdi a linha também. Ela não entrou na agulha de jeito nenhum. Saí fazendo o que não devia e quem pagou não foi só a minha consciência.

Mas... Você? Você não está ligando pra nada disso. E não é possível! Como um homem não vai ligar para tudo isso? Não pode! Isso também está errado. É “muita coisa” pra que você ligue pra “nada”. Me entende? Você continua me tratando otimamente bem, me sentido, me gostando a cada dia mais. Eu não compreendo. E enquanto eu não compreender eu não vou sossegar. Mas se você não me explicar, meu analista vai sofrer essa semana. Porque alguém vai ter de entender essa história e me contar. Porque mesmo eu tendo roubado a cena legal; mesmo eu sendo a atriz principal eu não sei como cheguei nesse capítulo. E quero explicações.

Pra você parece que nada aconteceu. Que tudo aquilo foi normal, e isso me assusta demais. Me assusta muito! E aí eu não sei, se eu esqueço tudo, começo do zero e aceito tudo de bom que você está me dando. Ou se levo a sério a questão de que devo me assustar e tomar cuidado com você, porque você não é normal, tem algum defeito brusco aí por trás e devo correr o quanto antes. Eu ainda não me decidi.

E você não perde tempo. Quer me ganhar a todo custo, a qualquer hora do dia, qualquer momento. Em plena segunda-feira me quer. Em plena terça também. E liga na quarta. Tenta na quinta. Mas sabe que a partir da sexta eu não consigo resistir. É uma coisa louca, você não é nada daquilo que pensei, imaginei, planejei, sonhei. Nada mesmo. O plano físico... Ta. OK. Era sim tudo que eu buscava na noite. Procurava nas ruas. Era o que me chamava atenção nas boates. Mas quando eu ia dormir não era o que eu sonhava ter para mim.

E mesmo assim você me encanta. Com essa sua voz rouca e pesada, parece que vive bêbado. Com esse charme. Você sabe se arrumar. Oh céus! Isso acaba comigo sempre. Quantos me encantaram e não sabiam se arrumar, daí eu desencantava. Então é isso, estou chocada com você.

Você é carinhoso quando não deveria ser, porque eu não mereço. Mas agora deu pra querer se intitular de “chato”. Vê se pode? Para de me torturar! Chato foram aqueles que me trouxeram felicidade e foram embora carregando tudo, me deixando no tédio. Eles sim, chatíssimos! Você? Você é a coisa mais gostosa que eu poderia ter agora. Eu não sei se haverá mais alguém nessa vida que posso me dar essa proeza de me sentir assim, diferentemente tranqüila. Dizem que sensações são diversas nessa vida. Posso sentir de novo como também posso nunca mais sentir igual. Então devo aproveitar?

Hoje em dia muitos, mas muitos mesmo prometem coisas que nem sabem se vão conseguir cumprir. E sinceramente? Quando eles falam eu começo a rir. É gozado demais, pra quê essa cena toda? Chega, e faz o que você achar melhor. Chega e faz! Fazendo não tem como negar de que você tentou e aproveitou. Agora, abrir a boca pra falar? Que desperdício! Tem horas que o que a boca menos precisa é falar. E sim... beijar. Beijar muito. Mostrar serviço e á que veio. E ele fez tudo isso. As palavras afetuosas vieram depois.

Olha, pode ser que esse seja o mais novo modelo de cafajeste que também tem por aí. Mas esse tipo de cafajeste eu recomendo. Nada me foi prometido. E o prazer e satisfação está sendo de ambos. É. Muito bom trabalho!

...Mas mesmo assim....Você ainda é um mistério pra mim.

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